A presença do pediatra na sala de parto é uma recomendação
do Ministério da Saúde desde 1993. Um profissional capacitado para reconhecer
situações de emergência e oferecer os primeiros cuidados ao recém nascido é uma
estratégia para diminuir a mortalidade e morbidade no período neonatal.
Além de assegurar o atendimento nos casos de nascimento de
risco, o pediatra deve oferecer uma atendimento baseado nas ultimas evidencias
cientificas.
Para o bebê que nasce com boa vitalidade, o primeiro passo é
diminuir a perda de calor. Logo após o nascimento, o bebê deve ser colocado
diretamente no colo ou ventre de sua mãe, envolvido em panos secos e aquecidos
e secado com movimentos delicados. Desta forma a temperatura corporal é
mantida, respeitando a integridade física do binômio mãe bebê.
O contato pele a
pele imediato, procedimento preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
desde 1996, alem de facilitar a manutenção da temperatura, beneficia
significativamente o estabelecimento do vinculo familiar, auxilia na estabilização
dos batimentos cardíacos e da respiração do recém nascido.
Outras práticas
descritas como humanizadas no atendimento ao recém nascido devem ser
pesquisadas e discutidas durante a gestação. A Sociedade Brasileira de
Pediatria orienta o contato prévio com o pediatra ou neonatologista que
participará do parto através de uma consulta durante o pré-natal. Este primeiro
contato pode trazer maior confiança e tranquilidade no momento do parto. Em
muitos hospitais da região o atendimento neonatal é realizado pelo pediatra de plantão,
entretanto na grande maioria dos hospitais privados de São Paulo a presença de
um pediatra externo, escolhido pela família garante o acompanhamento
diferenciado ao recém nascido.
Outras ações refletem o cuidado humanizado apos
o parto, em especial posicionar o bebe próximo ao seio materno dando a ele a
oportunidade de buscar o peito e mamar dentro da primeira hora de vida.
Maria Otilia Bianchi
Pediatra e neonatologista colaboradora do Grupo Vínculo